Continua o ciclo de conferências Republicanas no distrito, uma iniciativa do Governo Civil da Guarda, no âmbito das comemorações do Centenário da República.
 

  Trancoso associou-se aos festejos nacionais do centenário da República.
Para comemorar a efeméride o Município de Trancoso contou com a presença do Sr. Governador Civil da Guarda, Dr. António José Santinho Pacheco, do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Trancoso, Dr. Júlio Sarmento e do Sr. Deputado, Dr. Mota Amaral, orador da conferência subordinada ao tema “Do Estado Novo à II República”.

Na abertura da conferência, o Governador Civil da Guarda salientou a importância desta iniciativa uma vez que a mesma proporciona a vinda de grandes figuras da nossa democracia e no caso concreto, o Dr. Mota Amaral, “um democrata que atravessou um período de transição extremamente importante da história de Portugal, e que é efectivamente uma memória viva da passagem do marcelismo para o 25 de Abril”.

 No seu discurso o Dr. Mota Amaral lembrou que foi o primeiro Presidente do Governo Regional dos Açores, destacando, do ponto de vista histórico, a passagem do Estado Novo, que vigorou em Portugal desde 1933, com a aprovação de uma nova constituição, até 1974, quando foi derrubado pela revolução do 25 de Abril, chamada por muitos autores como “revolução dos cravos”.

O Dr. Júlio Sarmento, presidente do município, na sua intervenção deu conta da importância do testemunho do Dr. Mota Amaral, em discurso directo, um dos sonhadores da República que mais viveu e que mais conhece a realidade do país. Sublinhou ainda a importância de, no âmbito das comemorações do Centenário da República, o Governo Civil da Guarda ter promovido um conjunto de conferências, uma por cada concelho, trazendo figuras de grande relevo da nossa história democrática, como por exemplo o Dr. Mário Soares na Guarda e agora com o Dr. Mota Amaral em Trancoso. O autarca afirmou que “ é realmente de uma importância muito grande do ponto de vista político poder trazer ao distrito da Guarda actores políticos de tão grande intensidade, que podem enriquecer sem dúvida o teor político da nossa intervenção cívica”.