Terminou ontem, dia 25 de setembro, a primeira edição do “CultivART”, Encontro Cultural e Artístico de Trancoso, promovido pelo Rotary Club e Município de Trancoso.

O “CultivART” conseguiu, ao longo de três dias, conciliar cinema, literatura, música e escultura, indo assim ao encontro de vários públicos como era pretensão da organização.

O dia 1 do encontro, sexta-feira, foi sobretudo de homenagem a Fernando Pessoa. O grupo coral Canto D’Alma, encarregue de abrir o evento, testou competentemente a acústica do anfiteatro do Convento de São Francisco. Seguidamente, os presentes tiveram a possibilidade de assistir ao “Filme do Desassossego”, realizado por João Botelho e apresentado pela estudante e futura cineasta, Rafaela Santos.

Pela manhã de sábado, Pedro Saldanha, advogado com raízes bem profundas “por terras de Bandarra”, teve a oportunidade de apresentar a obra “Trancoso – Uma Monografia” para uma imensa e interessada plateia. Paralelamente à apresentação decorreu um Workshop de Banda Desenhada conduzido por Santos Costa.

Antes de uma conversa com os autores Manuel Daniel e Sofia Costa Lima foi possível juntar escritores e leitores numa sessão de autógrafos informal que juntou a grande maioria dos autores convidados.

Após o almoço solidário, com boa parte da receita a reverter para as causas humanitárias do Rotary Club, teve lugar no convento de São Francisco a emotiva apresentação e justa homenagem aos escritores dos concelhos de Trancoso e Mêda.

A noite terminou com o projeto musical “Cantos de Cego” da Galiza e Portugal – César Prata e Ariel Ninas, através das tragicomédias de tempos passados, guiaram o público a muitas infâncias, ao tempo em que a literatura de cordel informava a população.

O CultivART encerrou da melhor maneira esta bem sucedida primeira edição com o escultor naif, Odon Nogueira, e a sua “Linguagem do Barro”, com estreita colaboração da Fundação Barony of Fulwood Trust.